quinta-feira, junho 02, 2016

Kevin Durant, Russell Westbook, Diego Souza e Edmilson



Já disse aqui que acompanho esportes desde criancinha, pratiquei algumas modalidades. Nesse quesito, modéstia à parte, considero-me leigo premium. E devo ser mesmo, leigo. Nunca entendi, por exemplo, no basquete, por que um time não joga com a faca nos dentes na defesa, ou por que um jogador prefere forçar uma cesta de três e cometer um erro em vez de garantir dois pontinhos mais tranquilos.

No futebol, mais recentemente, assistindo aos jogos do Sport Club do Recife, eu percebia que as jogadas mais criativas, que resultavam em perigo de gol, eram as que o time inteiro servia para Diego Souza. Mas eram poucas. Na maior parte do tempo, os demais jogadores insistiam nas tais jogadas forçadas que culminam no erro.

Indignado, estava eu pronto para escrever sobre isso dias atrás quando, na quarta rodada do
Brasileirão, o Leão enfrenta o Corinthians, na Ilha do Retiro, num domingo de manhã, escalando o criticado Edmilson no ataque. E logo em sua estreia, o jogador baiano, que passou pelo futebol paulista e japonês, entre outros, mostra a que veio: bola servida por Diego Souza e chute na trave. No jogo seguinte, contra o arquirrival (e celebrado) Santa Cruz, mais uma assistência de Diego para Edmilson que culmina no único gol da partida, na quebra de jejum de vitórias do rubro-negro e na consagração de Edmilson.


Imediatamente lembrei-me da dupla Russell Westbook e Kevin Durant, do aguerrido Oklahoma City Thunder, do basquete da NBA. Se você tem dois jogadores talentosos e com potencial para definir em seu time, jogue pros caras. Não tem outra, man. O Sport, como um todo, tem que ter essa consciência. E a consciência de que esporte coletivo não se vence sozinho e nem com fórmulas milagrosas.


Recife, 2 de junho de 2016

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